“MEMENTO, HOMO, QUIS PULUIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS. ”

SIMBOLOGIA TUMULAR

Na arte tumular, a simbologia é uma forma de representação de determinados contextos históricos, ideológicos, religiosos, sociais e econômicos, onde a morte se torna um grande espetáculo da vida, representando a simbologia de saudades, amor, tristeza, nobreza, respeito , inocência, sofrimento, dor, reflexão, arrependimento, dando sentido às vidas passadas preservadas no silêncio dos cemitérios. A simbologia tumular designa um elemento representativo visível em lugar de algo invisível, que tanto pode ser um objeto, como um conceito ou idéia. O símbolo tem exatamente essa propriedade excepcional de sintetizar, numa expressão simples e sensível, todas as influências do inconsciente e da consciência, bem como das forças instintivas e espirituais, em conflito ou em vias de se harmonizar no interior de cada ser. Desta forma, o símbolo é muito mais do que um simples sinal, transcende o significado e depende da interpretação que, por sua vez, depende de certa predisposição para ser interpretada. Ela intensifica a relação com o transcendente. A simbologia tumular está carregada de afetividade e dinamismo que harmoniza o ser vivente perante a morte, perpetuando a vida.

CATACUMBAS

Catacumbas eram os locais que serviam de cemitério subterrâneo aos primeiros aderentes do cristianismo, para quem a fé se baseava na esperança da vida eterna após a morte. Nos primeiros 200 anos da nova religião, antes de Constantino, é provável que tenham existido vários centros artísticos com estilos artísticos próprios, como Alexandria e Antióquia, mas é em Roma que se revelam as primeiras pinturas murais em catacumbas. É nesta constante aspiração ao Paraíso que o ritual funerário do enterro, e a consequente manutenção da sepultura, vai ser o elemento chave das primeiras representações da arte cristã.

1 de fev. de 2011

ESCULTURA TUMULAR NEOCLÁSSICA - Simbologia Tumular - 82

O estilo neoclássico, movimento cultural do fim do século XVIII até as primeiras décadas do século XIX.  Propõe a discussão dos valores clássicos, em contraposição ao Classicismo renascentista que apenas replicava os princípios antigos sem críticas aprofundadas. As características marcantes são o caráter ilustrativo e literário, marcados pelo formalismo e pela linearidade, poses escultóricas, com anatomia correta e exatidão nos contornos. Usa a simbologia escatológica tradicional, isto é, tratava  do destino do homem, usando o trinômio  (morte-ressurreição-juizo final) e do mundo, freqüentemente usado nas esculturas tanto na representação do objeto principal, como na distribuição dos elementos alegóricos. As esculturas da figura de anjos alados e assexuados, sem expressar idade. Este estilo procurou expressar e interpretar os interesses, a mentalidade e os hábitos da burguesia da época .

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